quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Disse, há cerca de um sol, que as palavras me pareciam insuficientes. A gente tem, também, nossas translações. Me pego de novo com aquela ideia de que as palavras, agora, não falam; eu as empunho aqui só pra demonstrar, entende? Em pessoa talvez fosse melhor mas tenho, incontestavelmente (você concorda), um jeito estranho e ao avesso de me expressar. Elas podem ser úteis... foi com elas que elogiei as tuas curvas e falei do embalo da nossa onda, e a onda ainda gira, gira não por hábito ou repetição do que poderia já ter-se tornado conveniente; não acredito que um giro tão violento e estimulante se mantenha por mera rotina. Não quero falar de amor e você sabe o porquê: aquele papo das palavras. Mas queria, se é possível, renovar o que, para mim, me fascina e é sempre fresco; queria, e possível  é, rugir e te dar a lua novamente.

Um comentário:

  1. Gostei do embalo, me parece sensual. Mas gostei principalmente do giro. O giro renova, transforma.

    Abraço, L...

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