terça-feira, 17 de julho de 2012

não há trégua.
permaneço.
e é bastante difícil, hoje, continuar acreditando naquelas verdades;
difícil saber se alguma vez as certezas não passaram de dizeres convenientes.
mas até que ponto não vale a pena mentir para si mesmo?
aqui ou ali, tanto faz, o mar se passa por gêmeo do céu, e as ondas não se levantam mais e a monotonia azul me apaga e eu não sinto falta delas, das ondas.
tédio.
a ferida sem cicatriz se chama tédio, embora também responda por outros nomes.
e por conta da trégua que não vem, os dias exigem, em vez de calmaria, apenas mais turbulência e mais tempestade.
eu não atendo ao chamado que urge.
só permaneço...


permaneço.