segunda-feira, 31 de maio de 2010


Nós fomos obrigados a crescer juntos de um jeito simultâneo, tão fundamental a mim que fica difícil organizar a cabeça e compreender o que eu e você dividimos. Não é apenas a tristeza, felicidade, indignação, esperança ou calor. É um entendimento sutil das nossas ações, dos momentos, das mensagens nas entrelinhas. Uma capacidade de discernir com mais precisão as labaredas umas das outras. E vai além, percebendo-se este ânimo inédito. Faça-me companhia mais uma vez. Por favor, junte-se a mim na última dança flamejante, aquela cuja espera foi tão curta. Os primeiros passos não serão tardios.

Por que sentimos isto, como se fôssemos espectador e espetáculo ao mesmo tempo?

Bizarro.

sábado, 15 de maio de 2010

Há fases, ciclos, uma continuidade nostálgica do ser. Por debaixo de certas camadas, aquelas que já conhecemos tão bem. Ao viver, deixamos rastros, impressões num mar de folhas de outono, no coração daqueles que vêm e vão, mas especialmente daqueles que vêm e não se escondem nas sombras do passado. São estes, os que se enraízam em nós, que nos nutrem para que tenhamos a valentia de iluminar o que está por vir. Não aponte a lanterna para as sombras, aponte-a para as pupilas do futuro. Assim mesmo, na cara, sem hesitar.

domingo, 2 de maio de 2010


Crescer. Expandir-se ou se aprofundar? Cavar tão fundo até se entediar com a própria simplicidade, ou se esticar tanto em todas as direções possíveis até encontrar um falso senso de grandeza?
Que tal crescer com segurança? Não se jogar aos céus e correr o risco de tombar às profundezas a qualquer instante. Mas sim erguer pouco a pouco seu pedacinho de terra, aproximando-o cada vez mais das estrelas para, quem sabe, um dia, tocá-las.