quarta-feira, 28 de março de 2012

Pelos corredores da cidade brinca o frio, e eu lembro que as estações ainda não se dissolveram; aponta suas alabardas à garganta do litoral o mar de celofane preto, e esquece-se de aquecê-lo. O céu mantém o azul literal de sempre, e o sol se faz par ímpar de todos. Mas nem frio nem mar nem céu nem sol sentem. De todo modo, espero não ter dito nada; convém gozar da incógnita que lança seu olhar de longe, o desconhecido implícito na alegria de versos nascituros.

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