quarta-feira, 15 de junho de 2011

Estou tentando dormir há duas horas e meia, mas não consegui, tem um peso, um quê de sujo, talvez, será, como, quando, toda essa tão velha angústia pelas incertezas. Não costumo ter insônia... ou qualquer dificuldade em relação ao sono. Copo d'água, cama, três páginas de X-Men, adeus à lâmpada e cara no travesseiro, qualquer reflexãozinha passageira e pimba! coma até o dia seguinte. Sim, sou desses, cobertas + pijaminha gostoso + olhos semicerrados = tiro e queda. Especialmente a parte da queda. Menos hoje, hoje não teve queda nenhuma, só agitação e coceira (deve ser psicológico) e uma ânsia tão incontrolável que eu me arremessei pra fora do colchão num salto bastante inconseqüente e desci as escadas praticamente rolando, liguei o monitor e corri pra cá, quase um ciborgue que vem despejar os últimos volts da bateria para, enfim, apagar no tão desejado breu de sonhos. Sei lá. Deve ser tudo culpa desse corte no dedo, natação, raia nova, borboleta, aquela desatenção. Se bem que, na verdade, não é tão ruim. Não dá pra reclamar, não assim, não com o Simba dos últimos meses. Chega a ser falta de respeito. Pobre cão, cheio dos machucados desde o início do ano, com mais momentos depressivos que alegres, imagino eu. Mas hoje ele quis brincar, hoje ele tentou pular em mim, me arranhou com a patinha pra eu fazer carinho, voltou, disparou pela varanda e entrou na cozinha naquele desespero canino meio esfomeado meio carente, o tal abajur balançando de lá pra cá, esbarrando nos bancos, na mãe. Pois é, o abajur não faz distinção entre suas vítimas. E acho que já estou indo longe demais, de pseudo-insônia a abajures mal-intencionados. Vou tentar dormir. Na pior das hipóteses, venho pra cá de novo e procuro por alguma simpatia ou macumba ou disk-ajuda. Boa noite.

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