sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

É algo sobre a ausência de algo, ou talvez seja uma ausência de mim mesmo. Não importa muito e nem estou muito interessado. É assim, e simplesmente continuará sendo por todos os tempos em que estiver a sós contigo, comigo, ou com os sóis que ardem aqui no íntimo. Ah, como ardem! Iluminam, claro, mas nem toda luz é bem vinda. Tempos de escuridão são tão relevantes quanto os outros, ora pois! E na verdade pode ser que seja sobre a dor, e não sobre a ausência, e a questão principal da dor é que ela vem e não há escapatória. O importante é saber que o sofrimento é opcional. Mas, céus, como tem gente que gosta de sofrer! Sofrer por tudo, sofrer por nada, por todos e ao mesmo tempo por ninguém. Por quê? Não pergunte pra mim que eu não faço a menor idéia! Sentir aquelas pontadas de melancolia é até gostoso, só que tem um limite. Bom, pra mim tem. É até reconfortante saber que quase ninguém vem ler esses textinhos, porque no fundo o propósito agora é justamente esse: lançar as palavras apenas pelo prazer de fazê-lo. E falando em lançar, deu uma vontade de ligar pros amigos e marcar alguma coisa. Sabe, lançar a sorte junto aos outros? Mas espera um pouquinho... Isso tudo não tinha começado com solidão?

Um comentário:

  1. gostei da forma cíclica! a solidão pode ser bem cheia, bem ruidosa, não acha?

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